quarta-feira, abril 15, 2015

FIB (Felicidade Interna Bruta)


O que faz um país ser feliz? 

Já se sabe que o crescimento econômico não é o fator determinante e existem outros conceitos como liberdade, saúde, estabilidade familiar, amigos, ausência de poluição, segurança, etc., que pesam mais que o crescimento econômico. 

O que é mais importante em sua vida: ser feliz ou ser rico? 

Foi baseado nesta premissa que o Butão, pequeno país budista vizinho ao Himalaia instituiu o FIB (Felicidade Interna Bruta). Em 1972 seu rei Jigme Singye declarou que o FIB é mais importante que o PIB (Produto Interno Bruto). 

A partir daí, baseou todo seu governo em quatro premissas: desenvolvimento econômico sustentável e equitativo, preservação da cultura, conservação do meio ambiente e boa governança. Esta política virou realidade e o Butão hoje mostra ao mundo o quanto o conceito do PIB está errado.

Veja o exemplo dos EUA, onde o PIB é alto e ao mesmo tempo aumentam os índices de criminalidade, divórcios, guerras, neuroses e toda sorte de infelicidades. O PIB só se preocupa com o crescimento material e não leva em conta se a riqueza foi gerada a partir de destruição de lares ou do meio ambiente. 

Os “especialistas” impuseram o conceito de que o crescimento econômico é o objetivo das sociedades e isto está nos levando ao desastre. Este modelo de produção e consumo desestabilizou o ser humano e o planeta. Uma empresa que se instala em uma região traz um aumento do PIB desta região, mas, se for acompanhada de uma degradação ambiental, da saúde e bem estar da comunidade, o resultado será uma perda de qualidade de vida.

Uma civilização focada no FIB é preocupada em ser feliz e não em acumular lucro.

É uma tremenda virada nos conceitos atuais, mas que pode salvar o ser humano de um futuro desastroso. O primeiro ministro do Butão explicou na ONU que é responsabilidade do Estado criar um ambiente que permita ao cidadão aumentar sua felicidade e é enfático ao afirmar que o sucesso de uma nação deve ser avaliado pela sua qualidade de vida e felicidade de seu povo e não pela sua habilidade de produzir e consumir. 

Vamos lembrar as palavras do ex-senador Robert Kennedy quando, durante um de seus discursos, em março de 1968, criticou o crescimento econômico a qualquer custo e disse:  

“não encontraremos nem um propósito nacional nem satisfação pessoal numa mera continuação do progresso econômico. Não podemos medir a realização nacional pelo PIB, pois ele cresce com a produção de napalm, mísseis e ogivas nucleares. Ele mede tudo, menos o que torna a vida digna de ser vivida”.


Célio Pezza

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