Amizade é coisa simples: Alguém pensa em você mesmo quando você não pede tampouco precisa. E quando precisa não pede porque faz parte do outro, a ponto dele sentir, pressentir.
terça-feira, junho 30, 2015
Boa noite Comentando...
De tanto ver, a gente banaliza o olhar;
Vê...não vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é;
O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como um vazio.
Você sai todos os dias, pela mesma porta...
Se alguém lhe perguntar o que vê no caminho, você não sabe.
O hábito suja os olhos e baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver: Gente, coisas, bichos.
E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que um adulto não vê.
Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.
O poeta é capaz de de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê.
Há pai que raramente vê o próprio filho.
Marido que nunca viu a própria esposa.
Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. ...
É por aí que se instala o "monstro da indiferênça".
(Groucho Marx)
Urgência Emocional
Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de segundo.
Temos pressa para ouvir “eu te amo”, não vemos a hora de que as regras de convívio fiquem estabelecidas: somos namorados, ficantes, casados, amantes?
Urgência emocional.
Uma cilada.
Associamos diversas palavras ao amor: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação.
Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: paciência.
Amor sem paciência não vinga.
Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada.
É preciso degustar cada pedacinho do amor, no que ele tem de amargo e de saboroso, no que ele tem de duro e de macio, os nervos do amor, as gorduras do amor, as proteínas do amor, as propriedades todas que ele tem.
É uma refeição que pode durar uma vida.
Mas não. Temos urgência.
Queremos a resposta do e-mail ainda hoje, queremos que o telefone toque sem parar, queremos que ele se apaixone assim que souber nosso nome, queremos que ela se renda logo após o primeiro beijo, e não toleraremos recusas, e não respeitaremos dúvidas, e não abriremos espaço na agenda para esperar!
Temos todo o tempo do mundo, dizem uns; não há tempo a perder, dizem outros.
Ficamos perdidos no meio deste fogo cruzado, atingidos por informações.
Parece que todos sabem mais do que nós, pobres de nós, que só queremos uma coisa nessa vida: ser amados.
Podemos esperar por todo o resto: emprego, dinheiro, sucesso, mas não passaremos mais um dia sequer sozinhos.
”Te adoro”, dizemos sei lá pra quem, para quem tiver ouvidos e souber responder “eu também”, que a gente está mais a fim de acreditar do que de selecionar.
Urgência emocional.
Pronto-socorro do amor.
Atiramos para todos os lados e somos baleados por qualquer um.
E o coração leva um monte de pontos por causa dessa tragédia: pressa.
Martha Medeiros
A língua da B
Mas normalmente está “alegre por demais das contagens”. Que esse é seu estado de ir esperando chuva para “apagar a poeira” e seca “pra desmelar a lama”.
Mineira, Berenice é personagem revivido de Guimarães Rosa. A pessoa é que “assenta” o nome. “Eu penso e repenso assim”, diz convicta. “Não escolhi o meu, mas fiz ele. E tá feito.”
Segundo ela, a vida só é dura “prus desmorecidos”. O des é seu prefixo preferido. Enfeita quase tudo do que ela diz com certeza certa, pose e sem qualquer inibição. “Se alguém quisera me desumilhar, se desborracha, que cara feia pra mim é doce”.
E lá vem ela, segura de que seu trabalho é bom e a vida só tem uma receita: “desencarar de frente”. As aspas acabam aqui. Segue Berenice na íntegra.
Enquanto limpa a mesa da cozinha, vê a presidenta na TV, para, pensa e dispara: Como a Dilma esmagreceu. Ela tá muito aliada, num é? (Precisa traduzir?)
Quando chega atrasada, explica-se: Você não tem loção de como tava o transido hoje. E o ônibus durim de gente. Terrive.
E vai emendando: Vou botar logo a máquina pra revoltá. (Nem a máquina está revoltada por ter de trabalhar, nem roupa por cair na água e perder a sujeira. Revoltá é só o nome que Berenice resolveu dar para o ato de ligar a máquina).
O passo seguinte será despendurar a roupa. Palavra que ela usa tanto para botar a roupa no varal quanto para tirar. Ela despendura e pronto.
Corda ele chama de coida, básico é basigo. Rúcula é rugla. Bom humor é bom amor, mau humor é mau amor. E tem dias que ela já chega avisando: To muito mau amorada hoje. Destribilei lá em casa.
Vez por outra o celular da Berenice escarrega. E ela nem apercebeu: ele (o cel) vinha pedindo carrego. Mas eu, aqui intertida, se esqueci de descarregar. (Tradução?)
Embalada na prosa, ela conta poetando: Logo ontem, que eu tava pressada, e a novela garrou de ser grande. E eu num desreligo a TV enquando não termina o fim (do capítulo)...
A língua customizada da Berenice tem poesia. Sobre o filho que não quis estudar naquele dia, ela concede: Tem dia que ele tá com o destino de brincar e não refaz nada de diferente disso.
Sobre o cachorro que late quando chega alguém em casa, ela não tem dúvida: Quando ele (o cachorro) vê um motivo, começa a latir mesmo...
Berenice diz que é boa de fazer contas dentro da cabeça, ela só se destrapalha mesmo quando tem de reler os números descritos. Ai é uma descomplicação só!
Sobre gostar ou não de trabalhar, tem uma certeza: Precisa botar costume no corpo ou então desgoverna...
Em recompensação, ensina ela, a vida, com tudo que tem de dentro, nunca desvale a pena. Se desvalesse, ninguém ficava em cama de hospital, espreitando Deus, pra não ser levado fora da hora de não ir.
Conta que tem muita pena dos desaleijados, despaciência com os assoberbados – esses que pensam que desvacuam bombom.
Também tem muita reiva dos que gnoram o temor de Deus e saem desabestados por esse mundo du coisa demo se desvalendo da desgraça aleia. Avisa sempre: chamar pelo nome o coisa demo é perigo certo. Que essa palavra, dita num fora de hora, pode atraer maldade de desassombrar até o menino Jesus do céu.
A prosa da Berenice é farta e rica de berenices. Ela, garante, tem nomeação pra tudo. Num sei como fala, espresto bastante tenção, e repito pra lá de formosa. Com as letrinhas todas bem dizidas, pra ninguém dispor dúvida que eu descompredi o dito.
Dia desses chegou contando que, na véspera, tinha ficado bem descontrangida com o cunhado. Ele, assim do nadinha, resolveu dizer que os meus selhos eram bem mais bonito que os da minha irmã. Agora, veja só se isso é o que se fale na proximidade da própria mulher sua?
Por nada nesse mundo Berenice arruma paciência pra gente desvalidada, que só faz chorar o leite esparramado. Não atolero frescuragem, nem desaforagem, avisa e repete outra máxima: Feito cantava a musga, vem no quente que vou no fervendo. Que desmorecê não desmoreço não.
Berenices.

Tânia Fusco
segunda-feira, junho 29, 2015
Boa noite Comentando...
(Clarice Lispector)

"As pessoas mais felizes raramente são as mais ricas, ou as mais bonitas, ou mesmo as mais talentosas. Seus olhos estão voltados para fora, compassivos.
Eles têm a capacidade de amar."
(Jane Canfield)

REMENDANDO A CALÇA DOS PASTORES
❝ Duas esposas de pastor estavam sentadas, uma ao lado da outra, remendando as calças de seus maridos.
Uma delas falou à amiga:
“Pobre do João, ele está muito desencorajado no trabalho da igreja. Há alguns dias ele falou até em renunciar e entregar seu cargo. Parece que nada vai bem e tudo dá errado para ele.”
A outra respondeu:
“Lamento por vocês. O meu marido tem dito exatamente o contrário. Tem sentido cada dia mais intimidade com Deus, como nunca havia experimentado antes.”
Um pesado silêncio atingiu aquelas duas mulheres, que continuaram com os remendos, mas sem trocar mais nenhuma palavra.
Uma delas estava remendando os joelhos da calça de seu marido e a outra, a parte traseira.
Resumindo: A primeira esposa lamentava as queixas do João, enquanto remendava os rasgos feitos de tanto ele ficar sentado.
Já a outra esposa, consertava os furos dos joelhos da calça, devido a tantas horas em oração do seu marido. ❞
( Extraído - Em Cristo Ev. Marcos Ferreira )
domingo, junho 28, 2015
Boa noite Comentando...
Tantas vezes queres que tudo aconteça, já, neste segundo...
E quando os dias passam e algo te acontece, agradeces pelo tempo dado, pela espera ansiosa, pela alegria agora tão presente.
Esperar requer boa vontade, compreensão e discernimento.
Enquanto esperas, não entres em confusão...
Faze dos teus dias, dias de sol.
Faze das tuas noites, noites de luas e estrelas.
Para que por eles tu atravesses em celebração, em doçura, em devoção.
Sem ser tocado pelo medo, sem ser escondido pela escuridão, sem ser engolido pela fome da ilusão.
Não te enganes achando que somente tu é quem dará as tuas próprias direções.
Há livre arbítrio, mas há cursos que deverás incorrer sem ao menos saberes o porquê.
Nestes tempos, tranqüiliza, pois teu coração reconhece e vive intensamente o que a luz deixa derramar sobre ti sem a tua devida consciência.
Tudo porque ainda não sabes o que é melhor para ti.
Tudo porque ainda tens dúvidas quanto ao teu valor, a estrela que reluz dentro de ti.
Tua existência é rodeada de cuidados, de proteção e de amor.
Tua existência é sagrada, portanto, vive o que te é dado viver.
Quando tua vida parecer parar em algum ponto do tempo, lembra-te que esperar é ser confiante, e ser confiante reflete aquele que nunca se esquece de tecer a sua própria rede.
Espera com teu coração e tua mente saberá o silêncio descansando em paciência.
(Desc. autor)
sábado, junho 27, 2015
Boa tarde Comentando...
Quando a tristeza toma conta, quando chega sem aviso,
e nos tira da frente dos olhos o que de belo temos para ver,
e os rouba os sentimentos e os sorrisos...
Neste momento é chegada a hora de sentar um pouco...
Sentar em um dos tantos espaços da vida, quietinho,
e muito lentamente, trilhar o caminho ao início da mágoa,
à fonte da tristeza.
E chegando nela, observar muito atentamente,
sentir com toda intensidade,
conhecer realmente e encarar de frente
a razão desta mágoa.
E a partir deste momento projetar a saída
para a VIDA, para a PAZ novamente.
você terá sempre caminhos à escolher.
Você pode escolher permanecer neste espaço de infelicidade,
sentir sua vida se esgotando, e carregar com você pessoas que ama,
que te amam, e precisam de sua ajuda
AINDA e SEMPRE.
E passará o que resta de sua vida com uma lágrima nos olhos
e uma grande e pesada porta vedando seu coração.
Mas você pode perceber que existe um caminho
mais difícil de iniciar, mas muito mais fácil de percorrer...
Você pode tentar se erguer e dar o primeiro passo para a
PAZ.
Porque sua tristeza pode ser imensa, mas com certeza
você tem por perto uma, talvez até pequena, fonte de felicidade.
Se dê uma chance e se entregue à esta pequena alegria,
deixe que um amigo se aproxime de você,
receba o beijo carinhoso de alguém que precisa te amar,
e aceite caminhar de mãos dadas, ainda que por pouco tempo.
E se além de imensa, tua tristeza é irreparável, sem chance alguma
de sair de uma vez de tua vida, mesmo assim, não desista.
Guarde em teu coração o sentimento que esta tristeza cria em você.
Não fuja disto.
ENFRENTE ISSO!!
Você vai então perceber, que teu coração é imenso...
como é grande este nosso coração...
Porque mesmo com aquela tão nossa conhecida tristeza
ocupando nele seu espaço, ainda assim, existe outro espaço infinito,
e quantos e quantos momentos de felicidade
podem ainda ser aninhados dentro dele.
E apesar de serem "momentos" de felicidade,
de não serem eternos, a lembrança desta felicidade
permanecerá eternamente contigo.
Valorize cada uma destas lembranças.
Logo nos teus primeiros passos em direção à um amigo,
você com certeza vai receber um sorriso.
GUARDE CONTIGO!!!
Você quem sabe, receberá um olhar afetuoso,
um afago no rosto, um cheiro de flor, um carinho de criança...
Guarde tudo isto em teu coração!!
Cada pedacinho de felicidade te dá força
e coragem para mais um passo.
Porque a VIDA é assim...
ou você se deixa escorregar fácil e displicentemente pelas tristezas,
ou você constrói a cada dia e a cada minuto,
o SEU espaço quente e aconchegante de
FELICiDADE!!!
(desc.autor)

O povo dança e canta nas ruas
Que maravilha, que beleza.
Que dia para a gente lembrar sempre, dia histórico.
Foi uma vitória de encher o peito, de acelerar o coração.
O povo dança e canta nas ruas.
Bem, a última frase é um exagero, claro. Uma licença poética. É a frase que todo jornalista gostaria de botar na manchete. Se possível em caixa alta, ocupando todas as colunas, como o New York Times fez em duas ocasiões, que eu saiba – “Men walk on moon” e “Nixon resigns”.
O POVO DANÇA E CANTA NAS RUAS
Se não propriamente dança e canta nas ruas, dança e canta nas redes sociais, que no és lo mismo pero és igual.
Me deu uma felicidade daquelas de arrepiar quando vi a página do Facebook se colorindo com as cores do arco-íris.
Foi rápido, foi avassalador, como têm sido os movimentos gerais, das multidões, nas redes sociais, nestes tempos modernos. Em um espaço curtíssimo de tempo, sei lá, talvez uma hora, as fotos de dezenas e dezenas de amigos meus se coloriram. Amigos – muitos amigos da vida, mesmo, daqueles que a gente guarda do lado esquerdo do peito, como lembrava o poeta Fernando Brant. Outros, novos amigos, que a gente nunca abraçou, mas com quem a gente convive neste admirável mundo novo das redes.
Me deu orgulho de meus amigos. De ter tanto amigo que está do meu lado, que, diabo, é o lado certo.
***
Acho que vou divagar um pouco.
Quando cheguei à adolescência, fui aprendendo com os mais velhos e também com os meus colegas que tudo é relativo, e não há, a rigor, o certo e o errado.
Levei muito tempo para entender que a relatividade é relativa. Que há algumas verdades que são básicas, pétreas, fundamentais. Tipo aquela mais básica, mais pétrea, mais fundamental de todas: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Negar as verdades básicas, ir contra as verdades básicas é errado. Não cabe relativismo nenhum nisso. É errado, é imoral – e pronto.
Assim, como corolário disso, temos que todo tipo de preconceito é errado, é imoral. Qualquer um – contra brancos, contra negros, contra cafusos, contra confusos, contra lúcidos, contra amarelos, contra gays, contra veados e/ou viados, contra héteros, contra sapatões, sapatinhas, sandalhinhas, contra bis, contra tris, contra qualquer um.
Todo tipo de preconceito ou de barreira que impeça qualquer tipo de pessoa de exercer plenamente seus direitos – e seus deveres também, como a Declaração Universal faria bem se lembrasse.
***
Há uns cinco ou seis temas que dividem as sociedades praticamente ao meio. A pena de morte. O direito ao aborto. O direito à morte digna. O direito de usar drogas. O direito de qualquer casal, seja ele formado por pessoas de que tipo for de opção sexual, se casar, constituir família.
Eu, euzinho, eu aqui, sempre fui e continuo sendo – cada dia mais – contra a pena de morte e a favor de todos os direitos citados acima.
Sei que todos esses temas são polêmicos, que dividem as sociedades. De todos eles, no entanto, o que me parece mais óbvio, mais tranquilo, mais simples, é o do casamento.
Proibir casamento de dois homens, ou de duas mulheres, é absurdo, grotesco, é muito pior que medieval – é pré-histórico, é paleolítico.
O Supremo Tribunal Federal do Brasil teve esse entendimento, quatro anos atrás, se não me engano – e os nossos ministros merecem, por isso, toda a nossa reverência.
A Suprema Corte dos Estados Unidos teve esse entendimento hoje. É verdade que o placar foi apertadíssimo, 5 a 4 – afinal, a Suprema Corte sempre representou a sociedade americana, e a sociedade americana é dividida ao meio diante de diversas questões fundamentais, inclusive, ou principalmente, aquelas cinco ou seis que citei.
Como os Estados Unidos são o pais mais rico, mais influente, mais avançado (em muitas coisas) do planeta, a decisão é de fato histórica, maravilhosa, sensacional.
É de fazer o povo dançar e cantar nas ruas.
Bem, ou de dançar e cantar nas redes sociais. No és lo mismo, pero és igual – o casi.
***
Participar de uma felicidade coletiva é uma das melhores coisas que pode haver na vida.
E foi o que senti hoje, vendo a time line do Facebook virando arco-íris. Me sentindo orgulhoso dos meus amigos, de tanta gente que fez a opção certa.
Quando Mary conseguiu me carregar para Paris, porque num final de noite eu bêbado disse que iria a Paris se fosse para ver um show de Moustaki, e aí ela comprou ingressos para a sexta fila do Olympia, e aí não teve jeito, e fui, eu virei pra ela – me lembro perfeitamente – e falei pra ela olhar pra trás, pro Olympia lotadinho, lotadinho. E disse: “Aqui não tem nenhum mau caráter. Nem sequer um. Mau caráter não vem a show de Moustaki”.
Quem não está feliz hoje, no dia em que o site do New York Times mancheteia, em caixa alta, SAME-SEX MARRIAGE IS A RIGHT, SUPREME COURT RULES, 5-4, pode até não ser exatamente mau caráter, mas tá perto. É doente da cabeça, e do pé.
***
E não dá para não lembrar da sequência da Marselhesa de Casablanca.
Os boches, os tedescos, os filhos da puta dos nazistas estão cantando no Ricky’s Café. Ricky vive bem em Casablanca porque não toma partido, não se incomoda, não liga.
Mas Victor Laszlo – o herói anti-nazista que está agora comendo Ilsa, o amor da vida de Ricky – ousa interferir. Vai até a orquestra e manda que ela toque a Marselhesa.
O líder da orquestra fica em pânico, em dúvida. Seu olhar procura pelo patrão, e acha o patrão, lá em cima.
Ricky faz um sinal de cabeça. A orquestra começa a tocar La Marseillaise. O hino da França faz calar os barulhentos nazistas.
É uma sequências mais belas, mais emocionantes da História do cinema.
Poucos dias atrás, Manuel S. Fonseca escreveu o seguinte (eu gostaria de escrever como Manuel S. Fonseca, quando eu crescesse):
“Chorei, mais crescido, e não foram nunca lágrimas de crocodilo, no Casablanca, quando os porcos nazis atroam os ares com a sua canção fascista e o Bogart, com um aceno de cabeça, deixa que a banda toque a Marselhesa. Um coro de patriotas, mas também as putas, jogadores e bêbados, vão buscar às alienadas tripas a dignidade perdida e um gajo, no sofá do cinema, não tem outro remédio senão desatar num choro convulsivo de baba e ranho. Ah, meu Deus, de vez em quando, o bem que sabe ter a certeza e chorar ao lado dos bons.”
Me aproprio das palavras de Manuel, neste dia de alegria: ah, meu Deus, de vez em quando, como é bom ficar feliz ao lado dos bons.
50 Anos de Textos
sexta-feira, junho 26, 2015
Boa noite Comentando...
Basta Um Minuto
Um minuto serve para você sorrir:
Sorrir para o outro, para você e para a vida.
Um minuto serve para você ver o caminho,
olhar a flor, sentir o cheiro da flor,
sentir a grama molhada,
notar a transparência da água.
Basta um minuto para você avaliar a imensidão
do infinito, mesmo sem poder entendê-lo.
Em um minuto apenas você ouve o som
dos pássaros que não voltam mais.
Um minuto serve para você ouvir o silêncio,
ou começar uma canção.
É num minuto que você dará o sim
que modificará sua vida... e basta.
Basta um minuto para você apertar a mão
de alguém e conquistar um novo amigo.
Em um minuto você pode sentir
a responsabilidade pesar em seus ombros:
a tristeza da derrota,
a amargura da incerteza,
o gelo da solidão,
a ansiedade da espera,
a marca da decepção
e a alegria da vitória...
Quanta vitória se decide num simples momento,
num simples minuto!
Num minuto você pode amar,
buscar, compartilhar, perdoar,
esperar, crer, vencer e ser...
Num simples minuto você pode salvar a sua vida...
Num pequeno minuto você pode incentivar
alguém ou desanimá-lo!
Basta um minuto para você recomeçar
a reconstrução de um lar ou de uma vida.
Basta um minuto de atenção para
você fazer feliz um filho,
um aluno, um professor, um semelhante...
Basta um minuto para você entender
que a eternidade é feita de minutos.
(Desmond Tutu)

Sol Hoffmann
Seja a mudança que você quer ver no mundo.

Grandes mudanças acontecem a partir de pequenos detalhes, principalmente aqueles a que não damos tanta importância.
Você já parou pra refletir sobre a importância dos detalhes como um diferencial relevante em qualquer situação ou contexto?
Geralmente, a maioria das pessoas julgam os pormenores como sendo de pouca valia, mas eles são decisivos na avaliação final de qualquer circunstância, seja no aspecto pessoal, nas relações familiares e lavorativas. A questão do detalhe é primordial e traz resultados significativos, se aplicados de forma inteligente.
Acho muito interessante a frase do indiano Mahatma Ghandi:
" Seja a mudança que você quer ver no mundo"
Pois Ghandi teve a capacidade de resumir em poucas palavras, acerca da nossa responsabilidade precípua diante dos acontecimentos e desdobramentos de nossas ações no mundo em que vivemos. Estão implícitos neste contexto: não vitimização, inconformismo e boa vontade em construir um mundo melhor com atitudes transformadoras.
A mudança é uma dinâmica que começa em nós e a partir de nós. Uma atitude, por menor que seja, cria força e a partir daí, dá-se início a um processo de novas interações e consequências que muitas vezes nao podemos prever. Lei de ação e reação? Efeito borboleta? Fractal? Você pode defini-la como quiser. O que nos interessa é que a construção do mundo que desejamos se encontra em nosso poder, em nossas mãos, a partir de pequenas contribuições, de pequenas "gotas" de ações generosas e transformadoras. Como disse Madre Teresa de Calcutá:
" Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota".
A estorinha a seguir nos leva a refletir como uma pequena atitude pode se desdobrar em mudanças inesperadas. Através de um simples gesto de amor, de preocupação, todo um contexto foi transformado. O mesmo vale para atitudes de ódio, indiferença e preconceito. Estas atitudes também trarão consequências. Sabemos exatamente como vai se desdobrar uma atitude desumana para com o outro? Onde isso vai parar exatamente? Nós não estamos "de fora" de tudo isso, e por este motivo não podemos estar indiferentes as atitudes desumanas que ocorrem à nossa volta, seja com as pessoas, os animais e o planeta. Somos intrinsicamente responsáveis e coniventes por tudo o que nos acontece.
O que você vai escolher para iniciar uma cadeia de acontecimentos? Uma flor? Um sorriso? Uma ação generosa? Isto depende do mundo em que você quer viver. Precisamos de um mundo regenerado e o momento é agora. Para este fim, devemos enfraquecer o proprio "ego" e abraçar a proposta de que somos todos interligados e que a postura mais inteligente é a consciência e percepção de nossa responsabilidade coletiva na construção de um mundo mais digno e humano.
Para ilustrar a questão das ações e seus desdobramentos, é muito interessante a estória do vestido azul.
Conta uma estória, que em um vilarejo vivia uma menina pobre que sempre frequentava a escola muito suja. Seu professor, comovido com a situação da menina, e apesar dos esforços financeiros, comprou-lhe um vestido.
A partir de então, sua mãe passou a cuidar melhor do asseio da criança, visto que não seria coerente que a menina vestisse o vestido novo tão suja. Por outro lado, seu pai, vendo que a filha estava bem cuidada, decidiu que a menina merecia uma casa bonita e teve a atitude de realizar alguns reparos, tornando-a mais agradavel de viver.
A esposa, ao ver que a casa estava mais bonita, teve a ideia de fazer um lindo jardim, pois uma casa reestruturada precisava de flores para dar vida ao lar. Os vizinhos, assim que notaram as mudanças, também começaram a pintar suas casas e a criarem seus jardins. E dessa forma a vila inteira foi toda transformada.
O vestido foi um mero detalhe ou o gatilho para mudanças significativas?
O mundo é o reflexo do somatório de atitudes de cada um de nós. Um mundo melhor beneficia a mim e a você também, pois estamos todos interligados. No entanto, não estamos agindo de maneira coerente, pois se assim o fosse, o mundo não estaria vivenciando uma crise de valores imensa. "O cada um por si e Deus por todos" que o diga. O individualismo e o egoísmo prepondera, e os efeitos são nefastos, mas continuamos com as mesmas atitudes, não nos convencemos que estamos vivendo sem qualquer qualidade de vida e principalmente sem amor. Não pode existir qualidade de vida levando-se em conta somente os próprios interesses em detrimento do outro e do planeta em que vivemos. Pequenas atitudes diárias podem ajudar a reverter o quadro. Esta atitude é um pequeno detalhe.
PARA REFLETIR:
Muitas vezes é no detalhe que se encontra a alma de um projeto, de uma proposta. Portanto, precisamos aprender a valorizar os pequenos detalhes, pois são eles que fazem todo o diferencial. Normalmente queremos grandes coisas, grandes resultados e acreditamos que somente as grandes atitudes são as unicas que importam e que geram resultados. Não é bem assim.
Nunca se esqueça: Grandes resultados são o produto de pequenas atitudes e ações somadas em um contínuo processo de construção. Muitas vezes, a solução daquele problema que parece tão difícil de resolver se encontra em um pequeno detalhe que passou despercebido porque não foi julgado como interessante.
O mesmo vale para a criação e manutenção de relacionamentos interpessoais saudáveis. Um pequeno gesto, uma palavra de conforto, uma atitude gentil geram resultados maravilhosos na autoestima de quem as recebe. O detalhe é o toque de magia em qualquer contexto e é o açúcar da alma nos relacionamentos.
Portanto, o momento é de conscientização, lucidez e reflexão de como estamos vivendo nos dias atuais. Precisamos ter atitudes diferenciadas conosco, com nossa familia e em nossa comunidade, pois é nosso dever como pessoas de bem, contribuir através de nossas atitudes, a construção de modelos comportamentais dignos de uma boa convivência. A edificação de um melhor mundo, este que todos vivemos, também é responsabilidade nossa. Nao espere que o governo mude, que a cultura mude, que as pessoas mudem.
O momento è de regeneração de valores, conceitos e paradigmas. A partir do nosso exemplo, promovamos a transformação de um mundo de amor, paz, benevolência, igualdade e parcimônia. Façamos a nossa parte, façamos a diferença.
Vamos começar com atitudes simples geradoras de bem estar para nosso mundo.
Afinal de contas, é só um pequeno detalhe…
"Ontem foi embora. Amanhã ainda não veio. Temos somente hoje, comecemos! Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”
[Madre Teresa de Calcutá]
quinta-feira, junho 25, 2015
Boa noite Comentando...
Vida, uma questão de atitude
Muitas pessoas têm um olhar muito pessimista e não encontram saída em relação a este ponto de vista, evitando assumir responsabilidades diante dos acontecimentos que a vida apresenta.
Estas pessoas geralmente colocam toda a responsabilidade de seus “infortúnios” fora de sua órbita de ação, de maneira que é sempre o outro o responsável ou o “culpado” de toda situação negativa em suas vidas.
Frases como “você é o/a culpado/a de todos os meus problemas” são muito comuns entre estas pessoas.
O outro grupo de pessoas, aquelas que veem a vida com mais otimismo e sabem que as diferentes circunstâncias da vida são desafios para crescer, são as que vivem menos estressadas, mais felizes e sorridentes.
Igualmente, são as que sabem que a vida não é ameaçadora por si só, mas que é a sua atitude que a torna “boa” ou “ruim”e, por isso, tomam a liberdade de escolher enfrentá-la.
Queremos mostrar uma maneira para que os que estiverem no primeiro grupo passem ao segundo e possam ter uma vida mais plena e feliz.
A pessoa que encara a sua vida de forma negativa poderá começar perguntando-se como chegou a esta situação, e esta pergunta a ajudará a percorrer uma retrospectiva do caminho que a levou ao momento atual.
Esta atitude é positiva quando a finalidade é revisar os erros, e não quando é um foco de repressão.
Trocar a reclamação pela ação
Após fazer esta pergunta para si mesmo, um segundo passo pode ser olhar a situação atual de frente sem medo e planejar a saída.
Como age uma pessoa que não consegue encontrar uma saída a um problema?
Simplesmente troca uma atitude negativa por uma positiva, substituindo a reclamação pela ação. Poderia dizer a si mesmo algo como ” bem, já cansei de me queixar, por isso, neste momento decido sair desta situação”.
E “como faço?”.
Esta pergunta é chave, pois permite que a pessoa pense sobre o seu problema e busque em seu interior as possíveis soluções.
Assim, utilizará seus recursos próprios para resolver o problema e buscar um desfecho adequado.
Esta é uma maneira simples de começar a processar uma mudança de atitude, de negativa à positiva, permitindo mudar a visão sobre a vida.
Uma vez iniciado este processo, esta pequena mudança começará a se espalhar por todas as áreas da existência, ajudando a pessoa a viver mais tranquila e feliz.
MENTE MARAVILHOSA
quarta-feira, junho 24, 2015
Boa noite Comentando...
Um minuto serve para você sorrir: sorrir para o outro, para você e para a vida.
Um minuto serve para você ver o caminho, olhar a flor, sentir o cheiro da flor, sentir a grama molhada, notar a transparência da água.
Basta um minuto para você avaliar a imensidão do infinito,
mesmo sem poder entendê-lo.
Em um minuto apenas você ouve o som dos pássaros que não voltam mais.
Um minuto serve para você ouvir o silêncio, ou começar uma canção.
É num minuto que você dará o sim que modificará toda a sua vida...
E basta, um minuto para você apertar a mão de alguém
e conquistar um novo amigo.
Em um minuto você pode sentir a responsabilidade pesar em seus ombros, a tristeza da derrota, a amargura da incerteza, o gelo da solidão, a ansiedade da espera,
a marca da decepção, a alegria da vitória...
Quanta vitória se decide num simples momento, num simples minuto!
Num minuto você pode amar, buscar, compartilhar,
perdoar, esperar, crer,vencer e ser...
Num simples minuto você pode salvar sua vida.
Num simples minuto você pode incentivar alguém ou desanimá-lo!
Basta um minuto para você recomeçar a reconstrução de um lar ou de uma vida.
Basta um minuto de atenção para você fazer feliz um filho, um aluno, um
professor, um semelhante...
Basta um minuto para você entender que a eternidade é feita de minutos,
de todos os minutos bem aproveitados!!!
(Desc. autor)
Orfandades
Quem ama cuida. Quem ama não se ausenta e nem se esquiva. Quando as coisas ficam difíceis, estica a mão, oferece o ombro, abraça e conforta. Quem ama se faz presente, não sai do ar. Às vezes se sacrifica. O amor tem uma cláusula de irrevogabilidade. Se foi revogado não é amor. Já era.
Se isso lhe parece antigo, tem razão. As coisas não são mais assim. A modalidade de amor que praticamos é mais amena. Está ligada ao nosso futuro, à nossa carreira, a certa ideia de conforto e sucesso. É contingente. Virou uma forma de realização pessoal e social, não sentimento pelo qual pagamos um preço. Pelo amor não sacrificamos nada, só recebemos.
Desculpem se pareço triste, mas percebo ao meu redor - e dentro de mim - uma sensação pesada de orfandade, ligada à transitoriedade das coisas. Fui ver na internet e descobri que a palavra "órfão" vem do grego orphanos, que significa, literalmente, "privado" ou "desprovido". Não nos sentimos privados de proteção e carinho? Não estamos desprovidos da sensação de aconchego que torna a vida aprazível? Tudo a ver.
Sinto, na verdade, que vivemos orfandades simultâneas e múltiplas. A mesma tristeza que a morte dos pais provoca - a orfandade original - espalhou-se pela vida. Quando os amores terminam, quando os empregos acabam, quando as amizades estremecem, quando a família se afasta, nos sentimos da mesma forma: expostos e desprotegidos, solitários, à mercê do mundo... feito uma criança. Essas são as nossas orfandades.
Alguém dirá que sempre foi assim. Não creio. Havia no passado camadas de proteção entre o mundo e cada um de nós. Éramos parte de algo maior que nos abrigava. Hoje estamos sozinhos, ou quase. Há nosso amor, mas ele pode faltar. Existe a família, mas ela se resume a pais e filhos - um núcleo pequeno e frágil que pode a qualquer instante implodir. No trabalho, somos lutadores solitários. Em que parte do mundo nos juntamos a nossos iguais e nos sentimos parte de um todo? Nenhuma. Onde fica o oásis de paz e tranquilidade? Não há.
As relações afetivas já foram esse oásis, não são mais. Trocamos segurança por verdade e aventura. Somos deixados, trocados, esquecidos, superados. Assim como deixamos, trocamos, esquecemos, superamos. Muitas vezes. Tantas vezes. Tudo é intenso e provisório. Nada está assegurado. Não podemos realmente contar com isso. O que é sólido se desmancha no ar (para usar uma frase famosa) e avançamos - de cabeça erguida, em meio às nossas múltiplas orfandades, colhendo o riso e o gozo que se oferecem, retribuindo com a nossa alegria (que não morreu, hiberna apenas).
Estamos à espera de tempos melhores. Depois do inverno, o verão. Depois da noite, o sol. Ao vazio do nosso luto - qualquer que seja a sua causa - sucederá a plenitude. Reencontraremos o amor, a direção, a unidade refeita com o mundo e com nós mesmos. Um amor virá depois do outro, e com ele a vida nova. Enquanto isso, a melancolia. O intervalo terrível. Enquanto isso, o frio.
Há que ter paciência, portanto. Com os nossos sentimentos. Com a vida que escolhemos viver. Há que sentir-se órfão antes de recomeçar e renascer.
IVAN MARTINS - ÉPOCA
Ombro amigo
Ei, menina. É! Você!.
Você aí sorrindo, mesmo com tantos motivos para chorar.
Você com vontade de chorar, mesmo com tantos motivos para ser feliz.
Posso ser seu amigo?
Vai, deixa!
Sente aqui ao meu lado.
Podemos conversar.
Eu sei que você está precisando de um ombro confiável.
Pode se abrir comigo.
Prometo não trair a sua confiança.
Prometo não misturar as coisas.
Prometo não me apaixonar.
Prometo, principalmente, não fingir que me apaixonei.
Não vou usar as suas fraquezas contra você.
Não vou jurar ser diferente e no final fazer tudo igual.
Pode se abrir comigo.
Confie em mim.
Gostaria que você, nem que fosse por um instante, parasse de fingir que está tudo bem, que tem tudo sobre controle, que não tem medo do que está por vir.
Vai menina, desce do salto, limpe a maquiagem, escolha uma roupa bem confortável e, quando estiver pronta, tente me explicar.
O que você está esperando para ser feliz?
Olha, eu sei muito bem que você não gosta da dor. Ninguém gosta.
Mas, para mim, que vejo tudo aqui de fora, parece que você, quase que instintivamente, ainda busca por ela.
Quando dá mais ouvido as pessoas que querem o seu mal do que as que te amam.
Quando corre atrás do cara que não tem um pingo de respeito por você.
Quando se afasta daquele outro que demonstra justamente o contrário.
Sua lógica não faz o menor sentido.
Quem quer muito te assusta, quem não quer te faz sofrer.
Sendo assim não se espante, quando a tristeza aparecer.
E eu sei que ela tem te visitado.
E quando ela não vem, você faz questão de ir até lá.
Você vai e bate a sua porta.
E fica tentando se convencer de que as suas melhores chances foram perdidas.
Que a fase mais feliz da sua vida ficou no passado.
E assume responsabilidades que não são suas.
E o amor próprio passando cada vez mais distante.
Você é sempre muito crítica com os seus deslizes e permissiva demais com a irresponsabilidade alheia.
Um coração afogado em incertezas.
Sabe, menina, eu realmente acho que você se importa demais com quem não está nem aí pra você.
Talvez esse seja o seu grande erro.
Eu não estou aqui para te julgar.
O que eu quero é te ver bem.
Posso te ajudar a enxergar o mundo de uma forma diferente.
E aí? Posso ser seu amigo? Espero que sim.
Desculpe-me a falta de modos para te dizer a verdade.
É que, às vezes, um tapa na cara pode fazer um bem maior que um abraço.
Tudo o que eu desejo é que o seu sorriso dure até o próximo verão.
E, quando o sol voltar a brilhar em sua janela, pode ser que você já não vai mais se lembrar deste inverno.
Ei, menina! Posso te fazer um último pedido?
Não termine de ler o texto com esse sorriso no rosto.
Desse jeito fica difícil sustentar a minha promessa.
PRECISAVA ESCREVER
terça-feira, junho 23, 2015
Boa noite Comentando...
Amor não se implora, não se pede, não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados,
mandados à terra por Deus,
para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
A água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.
OBRIGADO, DESCULPE e POR FAVOR!
são palavras mágicas,
chaves que abrem portas para uma vida melhor.
O Amor... Ah! o Amor...
O Amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem Amor!
E é certo...quem ama e é muito amado,
Vive a vida mais alegremente!
(Artur da Távola)
Pense de novo!
Quanto é importante não desprezarmos os problemas da Humanidade , por mais que algumas vezes possam estar longe ou não nos atingir tão diretamente .
Somos todos responsáveis pela Guerra e pela Paz e as promovemos o tempo todo em nossas atitudes, na maneira como reagimos , concebemos alguma coisa , nos relacionamos com as pessoas , com o espaço ...
Felizmente o tipo de Guerra que vivemos no Brasil não é o pior , na minha opinião , mas Guerra , qualquer que seja ela , diz respeito a nós e tem início em nós , na maneira como vivemos e interagimos no mundo .
Que um dia o Amor reine soberano , que toda a ambição , as diferenças e as pseudo-razões para as Guerras envelheçam , desapareçam e deixem de atingir os inocentes .
Pense de novo!
Dudu Azevedo
A fonte é você
Vejo, estarrecido, tantas pessoas ao redor do mundo tentando fazer viagens astrais e não vejo, no entanto, o mesmo interesse por viagens dentro de si mesmo.
A ânsia por novas experiências, talvez em busca de um Shangrilá qualquer, conduzem multidões de incautos na busca por estados mentais de êxtase nos lugares menos prováveis.
Não percebem as armadilhas do caminho e gastam energias preciosas em trilhas que não levam a lugar algum.
Não existe realização no exterior, do lado de fora só existem experiências e, é claro, que elas são necessárias, afinal, fazem parte da dinâmica que envolve a condição humana, são estágios naturais que precedem o nosso despertar, porém, em algum momento, esse interesse pelo mundo, pelo corpo e pela mente irá perder força, simplesmente pelo fato de serem apenas brinquedos colocados pelo universo para o nosso entretenimento.
Na Índia existe uma denominação para isso, eles chamam de “Leela – a brincadeira do Divino”.
É como se tudo que existisse não passasse de um pensamento do Absoluto.
Se existe, portanto um criador, é justamente essa instância pensante que constrói o universo com seus próprios elementos.
O problema é que o objeto pensado crê-se independente e passa por processos de maturação nesse ambiente de ilusões.
Para alívio e consolo geral, depois de períodos angustiantes, retorna à própria fonte.
A fonte desta mesma perfeição.
Enquanto inconscientes da própria natureza, seguimos em busca da verdade suprema, experimentando e construindo pontes para esse retorno.
Nem sempre acertamos as portas, nem sempre escolhemos o caminho certo, mas percebemos um motor que nunca deixou de nos impulsionar, mesmo quando tragados por abismos profundos de ilusões, algo intocável e perene sempre esteve presente.
Sempre haverá uma flauta encantada a nos conduzir, até que deixemos de agir como ratos.
Profetas, gurus, pastores, padres, apóstolos, ou quaisquer que sejam os líderes a nos conduzir, não poderão nos mostrar a realidade.
Nem eles mesmos sabem!
Aqueles que realmente acordam – tal qual no Mito da Caverna de Platão – dificilmente encontram meios de convencer os que dormem, seria como explicar o que é o amarelo para um cego, não existem palavras que possam traduzir a “realidade”. Em contrapartida, aqueles que se lançam entre as multidões, com discursos sedutores e promessas de felicidade, conseguem arrebanhar legiões.
Basta ser um pouco razoável para perceber que são aproveitadores gananciosos em busca do poder. Agem como mercadores de ilusões, com sorrisos e gentilezas, mas no fundo, são pérfidos escravocratas que se autodenominam porta-vozes da verdade.
A única verdade é que conhecemos o que não somos e desconhecemos o que, de fato, somos. Vivemos presos nesse playground de Deus sem percebermos que somos esse mesmo Deus brincando e se divertindo.
Tudo isso ocorre, enquanto esperamos o decaimento energético da experiência.
Toda identidade que criamos com a experiência é sempre trágica, pois não há saída nesse labirinto, a saída está no conhecimento do Eu verdadeiro e ele é a fonte, portanto, é preciso retornar e não avançar cada vez mais no enredo fictício do plano mental.
O fruto só cai do pé quando está maduro, portanto, para muitos esse discurso é absurdo, no entanto, a graça da autorrealização se espalha como nunca pelo planeta.
Estamos vivendo o tempo do apocalipse, e apocalipse quer dizer simplesmente revelação.
Paulo Tavarez
segunda-feira, junho 22, 2015
Boa noite Comentando...
Quem ama a rosa, ama completamente.
Quem ama a rosa, a ama inteiramente e não somente pelo colorido das suas pétalas, a beleza da sua forma ou a suavidade do seu perfume.
Quem ama a rosa, não ignora os espinhos e não precisa suportá-los, pois amor não exige sacrifício, ele exige aceitação.
Não existem pessoas perfeitas e mesmo para aquelas que mais se assemelham ao nosso ideal de beleza física e interior, o tempo passa e a vida vai deixando marcas.
Se amamos somente a beleza, amamos somente o efêmero e efêmeros são nossos sentimentos.
Quem ama hoje, deve se preparar para amar ainda quando a pessoa amada tiver perdido o viço ou mesmo a saúde, pois uma rosa nasce e morre rosa e aos olhos amorosos muda a forma, nunca a essência.
Quem realmente ama a rosa, ama a vida toda.
© Letícia Thompson

GOSTO DE PESSOAS QUE DEIXAM MARCA, NÃO CICATRIZES
Há pessoas que entram em sua vida e mudam tudo, pessoas pelas quais vale a pena parar, respirar e valorizar.
Valorizar o que realmente importa.
Os detalhes, as pequenas coisas, como a água do mar, nuvens, um olhar daqueles que dizem tudo, olhos, a forma como eles sorriem…
Há pessoas que são feitas de aço inesquecível, as pessoas que fazem com que tudo faça sentido, mesmo que as coisas que não importavam antes de as conhecemos.
São pessoas reais que marcam um “antes e depois” em nossas vidas e deixam sua marca em nossas memórias.
Há uma grande diferença entre deixar marcas e cicatrizes
Há uma enorme diferença entre marcas e cicatrizes.
As cicatrizes são sinais de danos, dor, feridas abertas, emoções que precisam de limpeza e tratamento.
São marcas que não optamos por ter e que nos lembram que a dor poderia ter sido evitada.
No entanto, as marcas ficam em nossa pele e nas memórias que nos fazem reviver momentos de amor, aprendizagem e crescimento.
Portanto, a quantidade de pessoas ao nosso redor não importa tanto quanto sua qualidade.
Se alguém nos fere sistematicamente, devemos considerar limpar nossas proximidades, melhorar nossa foco e permanecer em relacionamentos que resultem em contribuições e crescimento mútuo. São pessoas que te abraçam e reconstroem seu interior
“A maneira de dar vale mais do que o se dá.” – Pierre Corneille
Pequenos detalhes dão significado ao sentido da vida, mudam tudo, fazem do diário o importante.
Pessoas especiais não esperam que as coisas aconteçam, fazem e buscam o que querem até que receberem.
Não se trata de tomar medidas, mas de deixar marca
Cada pessoa que passa por nossa vida é única.
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Haverá aquelas que levarão muito, e aquelas que não nos deixarão nada.
Esta é a prova de que duas almas não se encontram por acaso. – Jorge Luis Borges
Há pessoas que deixam uma marca forte em seu coração, porque houve um tempo em que dividiram o mesmo caminho.
E, embora elas não estejam mais com você, você nunca irá esquecê-las.
Porém, elas não se esforçam para deixar essa marca, ela aparece sem perceber.
São aquelas pessoas que lhe dão uma outra visão do seu mundo, ajudando-o a questionar seu passado, presente e futuro.
Há pessoas que deixam sua marca e outras que nos marcam por toda a vida
“As pessoas pensam que uma alma gêmea é a pessoa com quem você se encaixa perfeitamente, que é o que todo mundo quer.
Mas uma verdadeira alma gêmea é um espelho, é a pessoa que toma tudo o que tem reprimido, que faz você olhar para dentro reconhecendo que pode mudar sua vida.
Uma verdadeira alma gêmea é certamente a pessoa mais importante que você já conheceu em sua vida. Mas devemos viver com uma alma gêmea para sempre?
De jeito nenhum. Viveremos muito mal.
A alma gêmea entra em sua vida, tira o véu dos seus olhos e vai embora.” – Elizabeth Gilbert
Portanto, uma alma gêmea é uma espécie de tábua de salvação.
Ela vem por acaso, ou talvez intencionalmente, e te muda para sempre.
Faz-te abrir seus olhos, ver o que te machuca, e proporciona uma mudança maravilhosa.
No entanto, ao lado delas, nada dói tanto.
Porque as pessoas que deixam sua marca não causam danos permanentes.
Apesar de elas, às vezes, virarem sua vida de cabeça para baixo, quando você pensar em sorte, elas serão sua primeira associação.
O SEGREDO
NÃO DEIXE PRA DEPOIS. A VIDA ACONTECE AGORA!
Mudar o rumo das coisas, trocar a mobília da casa e da alma, começar a dormir sob outro teto, quem sabe outra cidade, às vezes dá um pavor danado. Principalmente depois de muito tempo pensando só, quando a pessoa se torna o fantasma do seu próprio pesadelo. Porém, começar outra vez, seja em qualquer esfera da vida, é dar chance ao algo novo que surgiu acendendo a sua luz.
É também vencer a insegurança que atropela a esperança de um novo começo. É, antes de tudo, aprender a partir de você mesmo. Aliviar sentimentos apertados, desencaixotar sonhos possíveis e sonhar sonhos impossíveis. Seguir em frente com sua mala carregada de roupa limpa e saudades dobradas e deixar para trás o seu fantasma que só serve para deixá-lo estagnado.
Sim, nem sempre é fácil cair de cabeça em uma estrada desconhecida. Aliás, você já percebeu como estamos sempre escolhendo? Usar a camisa branca de sempre ou ousar variar com a colorida? Viajar para conhecer outro país e uma nova cultura ou trocar de carro? Terminar o relacionamento que não tem mais graça nem mais amor ou mantê-lo para não ficar sozinho outra vez? Continuar na casa dos pais ou morar sozinho? Suportar o trabalho sufocante ou procurar realização profissional em outro lugar? É precipitado ou tarde demais para fazer um novo começo?
O mais difícil é escolher entre deixar uma vida garantida, mas meio morta, ou ir atrás de um futuro incerto, mas cheio de vida no presente. Alguns dizem que quem faz escolhas que podem mudar o rumo de uma vida corre o risco de sair perdendo porque pode não fazer uma escolha certa, ou porque, ao escolher um caminho, deixa para trás uma bagagem que nem sempre cabe em sua nova viagem. Porém, talvez, quando compreendemos a nós mesmos, quando optamos por ser isso, ou aquilo, e estar aqui, ou ali, nós também estamos ganhando, por mais sofrido que seja o processo de escolher.
E será que o importante é acertar sempre? Quando se vive determinada situação, a decisão sincera que vem do coração deve ser o caminho para aquele momento. A vida se encarregará de desenrolar as dúvidas restantes e levar os planos aos destinos que forem sendo traçados. Se lá na frente der certo ou errado, ter vivido o caminho com fé, alegria e honestidade deve ser o que importa. Se precisar, o próprio viver levará a novas escolhas, com a experiência do vivido e aprendido até então.
Tem que ser esse o sentido da vida, de estar vivo! Só quem está morto não pode mudar o que não vem lhe fazendo bem nem trazendo felicidade, ou só quem não tiver coragem.
Por que deixar de fazer algo por medo de tentar? O medo que represa os sonhos na parte mais fria do oceano da alma. A insegurança que te faz perder o leme da embarcação. A solidão que dói nas dúvidas que singram por lágrimas sombrias.
Porém, um dia, você não se sente mais só. Veio a brisa da vida secar seus olhos marejados. Chegou a lembrança de que nada acontece por acaso. Nasceu o abraço ensolarado com a promessa amiga de que uma hora a maré baixa passará. É certo. Vai passar.
E quando a maré subir de novo, você já não será mais o mesmo. Porque a vida acontece agora: além-mar é preciso ir!
O SEGREDO
domingo, junho 21, 2015
Boa noite Comentando...
O segredo: cada não que eu recebi na vida
entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
Não os colecionei.
Não foram sobrevalorizados.
Esperei, sem pressa, a hora do sim.
O não é tão freqüente que chega a ser banal.
O não é inútil, serve só para fragilizar nossa auto-estima.
Já o sim é transformador.
O sim muda a sua vida. Sim, aceito casar com você.
Sim, você foi selecionado.
Sim, vamos patrocinar sua peça.
Quando não há o que detenha você,
as coisas começam a acontecer, SIM.
(Martha Medeiros)
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