segunda-feira, outubro 20, 2014

Ferreira Gullar: "A continuação do PT no poder é um desastre"


O poeta maranhense Ferreira Gullar, 84 anos, acaba de ser eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), depois de décadas recusando a honraria. Recebeu 36 dos 37 votos, sendo um em branco.

Ele aceitou ocupar a cadeira 37, que pertenceu ao presidente Getúlio Vargas (1882-1954) e ao jornalista e empresário Assis Chateaubriand (1892-1968), simplesmente porque ela foi ocupada, por último, por seu amigo e também poeta Ivan Junqueira, falecido em julho.

Mas a eleição que o mobiliza, atualmente, é a presidencial.

Notório crítico do Partido dos Trabalhadores, ele diz que “a saída do PT do poder é uma revolução para o Brasil”.
 
Após ter votado em Marina Silva (PSB) no primeiro turno, Gullar, agora, optou por Aécio Neves (PSDB).

Ex-comunista e ex-exilado pela ditadura, o poeta concorda que o ideal de sociedade mais justa é difícil de ser alcançado, mas defende que ele seja perseguido por todas as pessoas de boa-fé.

Residente no mesmo apartamento há décadas, no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, ele se diz feliz na companhia de muitos livros, quadros e da gata, cujo nome é Gatinha.

ISTOÉ - O sr. escreveu, antes do primeiro turno, que esta eleição é das mais imprevisíveis e tumul­tuadas. Continua achando?

Ferreira Gullar - Acho que o Aécio (Neves-PSDB) tem chances de ganhar. 

Pode ser que não ganhe, mas acompanhe: quem votaria na Dilma (Rousseff-PT) no primeiro turno já votou. 

O Aécio, porém, teve seus votos divididos com a Marina (Silva-PSB). 

Então, agora, quem tem possibilidade de crescer é ele. 

Acho que a margem de crescimento dela é muito pequena. 

É, aliás, o que eu desejo. 

Desejo que a Dilma perca a eleição. 

Doze anos no poder não tem cabimento, e ainda quer ficar mais! 

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ISTOÉ 

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