Sou a luz na escuridão
Eu penso diferente umas coisas que todo mundo pensa igual
Sinto tristeza por outras, que as pessoas acham normal
Eu conheço olhares, detecto se são estranhos ou familiares
Descubro segredos, desvendo cada um deles sem sacrifício
Sou uma artista da vida, é esse o meu ofício
Finjo que não sei de nada
Mas por onde quer que eu ande estou sempre ligada
Na emoção vivo conectada
Da realidade não sei nada
Eu sou alma sozinha que procura seu espelho
Solitária a espera de um conselho
Persigo meus devaneios
Das minhas amizades sou o esteio
O cobertor bordado de amor
Que em noite fria agasalha e alivia
Sou a água que regada sobre cada coração
Faz desabrochar uma paixão
Sou a conversa na hora certa
O silêncio em mil momentos
A algazarra, a risada
Sou o começo e o fim da estrada
O atalho da rebeldia e a nostalgia
Sou de mim mesma a sombra
Que tantas vezes me zomba
E para todos que o meu caminho cruzam
Sou o clarão
Sou a luz na escuridão!
(Silvana Duboc)
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