quarta-feira, agosto 28, 2013

Alemães consomem porcos desde 4600 a.C. indica estudo arqueológico


O apreço pela carne de porco na pecuária e na cozinha alemã remonta ao século 4600 a.C., indica uma nova pesquisa.

A análise de DNA de ossos suínos em 17 sítios arqueológicos no norte do país mostra que nessa época os caçadores-coletores da região já estavam consumindo esses animais.

A conclusão foi apresentada ontem na revista "Nature Communications" em estudo assinado por cientistas da Universidade Christian-Albrechts, de Kiel.

Os pesquisadores mostraram que, apesar de os habitantes nativos da região já caçarem javalis antes, só naquele século eles começaram a consumir suínos domesticados.

Os pesquisadores mostraram que alguns dos porcos tinham parentesco genético com animais do Oriente Médio, onde povos neolíticos já os criavam em confinamento.

A chegada dos animais domesticados coincide com a migração de alguns desses povos para o território que hoje é a Alemanha, e recua em 500 anos a estimativa anterior para o domínio da técnica de criação de porcos na Europa.

"Os caçadores-coletores do mesolítico certamente tinham cães, mas não praticavam agricultura e não tinham nem porcos, nem ovelhas, nem cabras, nem vacas, todos os quais introduzidos na Europa por fazendeiros imigrantes em cerca de 6.000 a.C.", diz Ben Krause-Kyora, principal autor do estudo, em comunicado à imprensa.

"Deve ter sido estranho para eles ter por perto pessoas com uma estratégia de sobrevivência muito diferente, e nós sabemos agora que caçadores-coletores adquiriram alguns dos porcos domesticados dos povos fazendeiros." 

Segundo o pesquisador, não é possível saber se os animais foram transferidos por comércio e escambo ou se os povos nativos simplesmente caçavam animais fugitivos dos povos migrantes. Em algum momento, porém, os nativos da região começaram a praticar pecuária.


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