terça-feira, junho 04, 2013

Da rosa

 

 Há alguns anos atrás, minha mãe saia para encontrar-se com uma amiga e – ao passar no jardim de nossa casa – resolveu colher uma rosa para presenteá-la.

Assim que a amiga a viu, entretanto, começou a chorar compulsi­vamente.

Depois de algum tempo, virou-se para minha mãe e expli­cou:

 “Como você sabe, perdi minha mãe dois meses atrás. Acordei esta manhã com uma profunda tristeza – queria saber se ela estava bem, se estava feliz em seu novo lugar. Jamais recebo flores de presente, mas pedi à mamãe que me desse um sinal: se alguém, hoje, me oferecesse uma rosa, isto significaria que ela estava bem e alegre. Muito obrigada por ter sido o instrumento desta mensagem”. 

[Paulo Coelho]

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