Dia desses nos chegou um e-mail, daqueles que as pessoas enviam para seus amigos, e os dizeres nos chamaram atenção.
Dizia o seguinte:
A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos, fazer uma refeição mais ou menos, ter um transporte mais ou menos.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum, é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão corremos o risco de nos tornar uma pessoa mais ou menos.
A tônica da mensagem é interessante porque nos chama atenção para uma realidade muito comum em nossos dias. A realidade da omissão.
No Novo Testamento encontramos esta advertência: Oxalá fosses frio ou quente. Mas porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca.
Em outro momento Jesus adverte: Seja o seu falar sim, sim, não, não.
O convite à firmeza, à fidelidade, à definição é claro, pois é dessa forma que evidenciaremos o nosso caráter.
Encontramos na história do Cristianismo um exemplo clássico de omissão, que foi Pilatos.
Ele sabia que Jesus era inocente. Isso fica claro quando apresenta Jesus ao povo e diz: Eu o estou trazendo para fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele nenhum crime.
No entanto, quando percebeu que seu cargo, seu prestígio diante de César e sua posição estavam em risco, entregou Jesus para ser crucificado.
Pilatos não foi fiel nem à sua própria verdade.
Encontramos também um exemplo de firmeza e fidelidade no grande Apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso.
Ele defendeu a mensagem do Cristo mesmo sob pedradas, injúrias, e a pecha de louco.
Perdeu o cargo no Sinédrio, perdeu os amigos, perdeu a herança e o respeito de seu pai, mas jamais se mostrou morno, ou se colocou na cômoda posição de ficar em cima do muro.
A proposta desta mensagem é justamente a de que podemos aceitar o mais ou menos nas coisas, mas de forma alguma em nossa maneira de sentir ou de nos posicionar diante da vida.
Nossas verdades devem ser defendidas com coragem e fidelidade. Nossa posição deve ser bem definida, embora ficar em cima do muro ou lavar as mãos, seja mais confortável.
Em vários momentos do nosso dia estamos sendo convocados a assumir uma posição. Seja numa reunião de trabalho, numa assembleia do condomínio, ou numa simples reunião familiar.
Infelizmente, é nesses momentos que muitos preferem se omitir para ficar bem com todos, em vez de expor seu ponto de vista com firmeza e ajudar na solução dos problemas.
Esse ato de covardia é repugnante, e é por esse motivo que encontramos a expressão evangélica: Mas porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca.
Por essa razão, vale a pena ser fiel em todos os momentos da nossa vida, sem omissão, nem negação da verdade.
Ser fiel no pouco nos fortalece para ser fiel nas grandes decisões.
Assim, a fidelidade é uma virtude que deve ser cultivada em todos os momentos e em todas as situações, com firmeza e determinação.
Pense nisso!
(Momento Espírita)
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