O que faz um país ser feliz?
Já se sabe
que o crescimento econômico não é o fator determinante e existem outros
conceitos como liberdade, saúde, estabilidade familiar, amigos, ausência
de poluição, segurança, etc., que pesam mais que o crescimento
econômico.
O que é mais importante em sua vida: ser feliz ou ser rico?
Foi baseado nesta premissa que o Butão, pequeno país budista vizinho ao
Himalaia instituiu o FIB (Felicidade Interna Bruta). Em 1972 seu rei
Jigme Singye declarou que o FIB é mais importante que o PIB (Produto
Interno Bruto).
A partir daí, baseou todo seu governo em quatro
premissas: desenvolvimento econômico sustentável e equitativo, preservação da cultura, conservação do meio ambiente e boa governança. Esta política virou realidade e o Butão hoje mostra ao mundo o quanto o conceito do PIB está errado.
Veja o exemplo dos EUA, onde o PIB é
alto e ao mesmo tempo aumentam os índices de criminalidade, divórcios,
guerras, neuroses e toda sorte de infelicidades. O PIB só se preocupa
com o crescimento material e não leva em conta se a riqueza foi gerada a
partir de destruição de lares ou do meio ambiente.
Os “especialistas”
impuseram o conceito de que o crescimento econômico é o objetivo das
sociedades e isto está nos levando ao desastre. Este modelo de produção e
consumo desestabilizou o ser humano e o planeta. Uma empresa que se
instala em uma região traz um aumento do PIB desta região, mas, se for
acompanhada de uma degradação ambiental, da saúde e bem estar da
comunidade, o resultado será uma perda de qualidade de vida.
Uma civilização focada no FIB é preocupada em ser feliz e não em acumular lucro.
É uma tremenda virada nos conceitos
atuais, mas que pode salvar o ser humano de um futuro desastroso. O
primeiro ministro do Butão explicou na ONU que é responsabilidade do
Estado criar um ambiente que permita ao cidadão aumentar sua felicidade e
é enfático ao afirmar que o sucesso de uma nação deve ser avaliado pela
sua qualidade de vida e felicidade de seu povo e não pela sua
habilidade de produzir e consumir.
Vamos lembrar as palavras do
ex-senador Robert Kennedy quando, durante um de seus discursos, em março
de 1968, criticou o crescimento econômico a qualquer custo e disse:
“não
encontraremos nem um propósito nacional nem satisfação pessoal numa
mera continuação do progresso econômico. Não podemos medir a realização
nacional pelo PIB, pois ele cresce com a produção de napalm, mísseis e
ogivas nucleares. Ele mede tudo, menos o que torna a vida digna de ser
vivida”.
Célio Pezza
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo comentário...