Felipão: 'Em uma catástrofe surge a oportunidade de fazer diferente'

Neste sábado (5), o técnico Luiz Felipe Scolari falou com o Jornal Nacional sobre o lance que tirou Neymar da Copa.

“Ontem a gente ficou bastante abalado. Triste com o que viu e com algumas situações que ocorreram e, depois, a gente tomou conhecimento. Se vocês notarem, o Marcelo está ajoelhado do lado do Neymar. 

Ele pergunta o que Neymar está sentindo e ele diz: ‘Não sinto as pernas’. 

Assustado ele chama o doutor, não entra o doutor, porque não é permitido, aquela confusão”, conta o técnico. 

 Felipão admitiu que a imagem do Neymar saindo de maca do campo foi um choque. 

“Ele é jovem. Tem um espírito maravilhoso. O grupo ficou superchateado. Ele era uma das nossas referências. Fez com que nosso grupo ficasse numa situação de ‘perdemos algo que não queríamos perder’. Já começou o trabalho de conscientização de que em qualquer catástrofe surge a oportunidade de fazer alguma coisa diferente. É isso que vamos fazer”, afirmou.

 O técnico também afirmou que a CBF vai recorrer junto à Fifa para anular o cartão amarelo que Thiago Silva recebeu durante o jogo contra a Colômbia.

“Não consigo entender esse cartão amarelo. Eu lutaria por qualquer um dos meus jogadores. Nós temos que continuar insistindo. Se a Fifa olhar esse lance, ela vai entender. E pode mudar o que o árbitro fez erradamente”, disse.

Scolari também elogiou a participação de Fred no time.

“A equipe não conta só com atacantes. Nós contamos com um grupo. 

Quando um grupo vence, vence todo o grupo, independente de quem faça o gol. 

Ontem, eu entendi que o jeito que o Fred jogou foi muito participativo para a equipe. 

Esta participação também fez com que, em determinados momentos, nós tivéssemos um suporte defensivo. 

O Fred tem que participar como jogador da equipe. 

Nós saímos de campo vencedores, independente de quem fez o gol. 

Não é só o Fred o encarregado de fazer gol”, apontou.

O técnico afirmou que está tranquilo com os jogadores que conta para enfrentar a Alemanha na semifinal:

“Tenho peças. Escolhi bem minha seleção. Nosso camisa 10, estando ou não presente, está representado por 200 milhões de pessoas”.

JORNAL NACIONAL