quarta-feira, junho 04, 2014

Salve, salve, o padrão Brasil

Deixa que digam, que pensem, que falem.

Você comemorará cada gol brasileiro na Copa, se emocionará a cada vitória, sofrerá se nossos craques pisarem na bola, vai gritar e até chorar. Isso não significa que, fora do estádio ou do sofá, você precise parar de criticar o péssimo planejamento deste Mundial, a inadmissível quebra de promessas para a população, a aparente roubalheira nas obras superfaturadas e o inferno dos serviços públicos.

O Brasil tem abusado de nossa cordialidade, nossa paciência e nosso otimismo, ano após ano.

Na semana passada, foi comovente o esforço do governo e das autoridades para derreter o coração canarinho e evitar protestos durante a Copa.

A reação nacionalista a “acusações” de estrangeiros foi uma tentativa patética de transformar críticos em traidores da pátria.

A presidente Dilma Rousseff afirmou, com orgulho cara-pálida, que os aeroportos do Brasil não são “padrão Fifa” mas “padrão Brasil”. Lindo.

A gente sabe que padrão é esse quando precisa ir ao banheiro, pegar uma escada rolante ou aguardar a chegada das malas.

O secretário de Turismo do Rio de Janeiro e homem de confiança do prefeito Eduardo Paes, Antônio Pedro Figueira de Mello, disse que “o Rio não é a Suíça”, ao se referir às longas filas que os turistas terão de enfrentar na cidade.

Antônio Pedro também reconheceu que o Rio não se preparou para receber deficientes porque, na Copa do Mundo, “não há tanto esse público”. Depois pediu desculpas pela bola fora.

 Leia a íntegra em Salve, salve, o padrão Brasil

NOBLAT

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