Quatro entidades médicas divulgaram uma “carta aos brasileiros”.
No texto, reiteram as críticas à medida provisória editada por Dilma Rousseff para implantar o programa ‘Mais Médicos’.
E informam: “Nos próximos dias, deverá ser feito o questionamento jurídico da iniciativa do governo federal”.
Por quê?
Avalia-se que o plano “contraria a Constituição”.
Subscrevem a carta as seguintes entidades: AMB (Associação Médica Brasileira), ANMR (Associação Nacional de Médicos Residentes), CFM (Conselho Federal de Medicina) e Fenam (Federação Nacional dos Médicos).
Para elas, o texto constitucional teria sido violado porque o governo criou “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas [médicos importados] cuja formação profissional suscita dúvidas.”
Questiona-se a decisão de liberar os médicos estrangeiros do teste para aferição da capacidade técnica, o ‘Revalida’.
As entidades médicas se insurgiram também contra a ampliação do tempo de formação dos médicos.
A partir de 2015, a duração do curso passará de seis para oito anos. Nos dois anos adicionais, para obter o diploma, os estudantes terão de trabalhar obrigatoriamente em unidades do SUS.
O serviço médico obrigatório é chamado no documento de “uma manobra, que favorece a exploração de mão de obra”.
Os médicos realçam que “os estudantes já realizam estágios nas últimas etapas de sua graduação e depois passam de três a cinco anos em cursos de residência médica, geralmente em unidades vinculadas ao SUS.”
Na cotramão da corporação, os prefeitos estão adorando a medida provisória de Dilma.
Acham que os brasileiros residentes nos fundões do país têm direito à assistência médica. Se os médicos nacionais não querem ocupar os postos, que venham os estrangeiros, afirmam.
A batalha se transfere agora para o Congresso.
BLOG JOSIAS
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