Após ficar um tanto apagado na balada da última quarta-feira (23), Daniel voltou à velha forma na Festa dos Anos 70. O líder mal comeu e desandou a beber vodca pura. O resultado não poderia ser outro: um verdadeiro show do administrador.
Daniel contou para Diana que gosta de drogas variadas, “menos das injetáveis”, chorou para Mauricio, falando sobre as dificuldades de ser líder, e até tirou a roupa. “Você viu o Dani? Ele mostrou o p... E é bem pequeno”, disse Talula para Maria.
Deitada em um canto da área externa da casa, o administrador rezou para um arbusto e ficou resmungando que estava com saudades de seu namorado: “Estou com tantas saudades do meu amor”.
UOL
Obsessão macabra
As primeiras semanas deste "BBB" foram marcadas pelo marasmo. Havia um acordo tácito entre os participantes: ninguém fazia nada, todos queriam passar desapercebidos. Tudo para escapar do paredão.
Mas o paredão acontece de qualquer jeito, e a eliminação também. Aos poucos o número de "brothers" foi diminuindo. Candidatos que pareciam fortíssimos foram sumariamente despachados pelo público. O círculo foi se fechando.
Agora, a pouco mais de um mês da final, terminou a falta de assunto. Porque assunto há, apesar de ser um só. Todos só falam em quem vão votar. Pesam prós e contras, analisam as consequências, traçam estratégias. Não se fala mais de outra coisa.
O caso de Daniel é exemplar. O pernambucano tem uma personalidade forte, mas logrou passar incólume até o momento. Não se envolveu em brigas, não tomou partidos e conseguiu não ser emparedado uma única vez.
Mas virou o líder da semana, e agora vai ter que se posicionar. Tem direito a mandar alguém para o cadafalso. Só que não sabe quem.
No segredo do confessionário, Daniel votou diversas vezes em Diogo. O gago nem desconfia, mas tem um inimigo persistente lá dentro. Dani não perdoa as grossuras do ogro.
Porém, ao se ver revestido de poder, o novo líder titubeou. Acreditou no mito de que o trio masculino está blindado. Tem razões para tanto. Diogo, Mau-Mau e Rodrigão sobreviveram ao paredão, este último três vezes. A casa inteira tem certeza de que o Brasil os adora.
Só que não é bem assim. As enquetes mostram que Diogo está por um fio. A audiência quer vê-lo pelas costas. Ninguém o aguenta mais.
Pena que os concorrentes não saibam disto. Absolutamente todos têm medo de se indispor com o baiano. O cara explode cada vez que percebe que alguém pode votar nele. Grita, esperneia, faz ameaças. E esse terror psicológico vem surtindo efeito.
Daniel cogitou condenar Paulinha justamente para não ficar mal com o trio. "Assim só tenho uma pessoa contra mim, e não três", justificou. "Meu voto neles fica para mais tarde".
Chegou a contar para a roraimense que ela era sua escolhida. A moça desabou e ele ainda tentou se desculpar dizendo que tinha certeza de que ela voltaria. Não colou.
Mas depois Dani teve um acesso de hombridade. Agora diz que vai ser homem e votar em Diogo. É, de fato, o único homem de verdade da casa.
Tomara que ele se mantenha em firme em sua decisão, pois a blindagem dos machos da casa é ilusória. Se o dançarino for emparedado, tem chances seríssimas de sair --ainda mais porque desta vez serão dois os eliminados.
Vai ser uma ducha de água fria nos rapazes, que já sonham em chegar juntos ao último dia. Menos, gente: vocês não estão com essa bola toda. Um de vocês pode rodar logo. Basta Daniel ter coragem.
TONY GOES
COLUNISTA DA FOLHA
maria tereza cichelli
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