Não
me importo em ser falho, sou humano e parte divina dentro de mim é a do
amor-próprio, a que me faz reconhecer que sou sagrado dentro das minhas
fragilidades, a que me refaz pós temporais e mostra que bênção também é
agradecer pela vida do irmão.
Podem me julgar, dizer que prego sobre a paz, sobre o amor, a fraternidade e ainda dizerem que sou egoísta porque ora ou outra me esvazio do mundo para mergulhar dentro da minha essência.
E sinceramente?
Quem sabe mais da
minha vida do que Deus e eu?
Julgar é muito fácil, dizer que me camuflo
mais ainda - mas se percebermos -, quem atira pedras, muitas vezes tem o
dedo apontado para o outro e não percebe que o que vale mesmo é o que
se leva dentro e que quem utiliza do seu tempo para apontar falhas
alheias, perde preciosos momentos que poderia fazer bem a si próprio -
ou àqueles que lhe rodeiam.
Em suma, quando digo sobre paz - muitas vezes é quando mais preciso dela; quando minha esperança parece infinita, é quando necessito mais e mais ainda daquela chama que restaurará a minha vida e me fará novamente completo.
Não deixo nem o juiz que martela na minha cabeça me dominar, que dirá quem nunca presenciou o meu olhar ou a ternura das minhas palavras...
( Vitor Ávila )