sábado, novembro 07, 2015

Ser corajoso significa viver com o coração


A palavra coragem é muito interessante.

Ela vem da raiz latina cor, que significa “coração”.

Portanto, ser corajoso significa viver com o coração.

E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica.

Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem.

É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido.

É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser.

Coragem é seguir trilhas perigosas.

A vida é perigosa.

E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos.

A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido.

O perigo está presente, mas ela assumirá o risco.

O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador.

A cabeça é um homem de negócios.

Ela sempre calcula – ela é astuta.

O coração nunca calcula nada.

O que é a mente?

É tudo o que você conhece.

É o passado, o que está morto, o que já foi.

A mente não é nada mais do que o passado acumulado, a memória.

O coração é o futuro; o coração é sempre a esperança, o coração é sempre algum lugar no futuro.

A cabeça pensa no passado; o coração sonha com o futuro.

 O futuro ainda está por vir.

O futuro ainda está por ser.

O futuro ainda é uma possibilidade – ele virá, está pronto para vir.

A todo instante, o futuro está se tornando presente e o presente se tornando passado.

O passado não tem nenhuma possibilidade, você já se serviu dele – ele está esgotado, é uma coisa morta, é como um túmulo.

O futuro é como uma semente; está vindo, sempre vindo, sempre alcançando e encontrando o presente.

Você está sempre em movimento.

O presente não é nada mais do que movimento em direção ao futuro.

É o passo que você já deu; é avançar em direção ao futuro.

 Lembre-se de uma coisa: a mente costuma interferir e não dá ao amor seu infinito e seu espaço.

Se você realmente ama uma pessoa, dá a ela espaço infinito.

Seu próprio ser é só um espaço para ela crescer e com o qual crescer.

A mente interfere e tenta possuir a pessoa, então o amor é destruído.

A mente é muito gananciosa – a mente é ganância.

A mente é muito venenosa.

Portanto, se alguém quer entrar no mundo do amor, tem de deixar a mente de lado.

Tem que viver sem a interferência da mente.

A mente é útil quando está no seu devido lugar.

Ela é necessária no supermercado; não no amor.

E necessária quando você está preparando o seu orçamento, mas não quando está circulando no seu espaço interior.

É necessária na matemática; não na meditação.

Portanto, a mente tem sua utilidade, mas essa utilidade é simplesmente irrelevante.

Então seja cada vez mais amoroso… incondicionalmente amoroso.

Seja amor.

Seja uma abertura – seja só amor.

Quanto mais destemida for a pessoa, menos ela usará a mente.

Quanto mais medo ela tiver, mais usará a mente.


 Osho

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