Ele vai passando com um buquê na mão e nota que as pessoas riem.
Riem de quê, meu Deus?
Ou, melhor, de quem? Dele?
Chega a dar pena.
Alguns pensam que aquilo é coisa de “amante à moda antiga”.
Outros, fazem graça e pensam “fez alguma merda”.
Nenhum dos dois.
Ele sabe e conhece bem a mulher para entender que ela está longe de ser aquelas donzelas do passado.
E, sobre a possível besteira, ele é apenas aquele que valoriza antes.
Flores precisam ser dadas com carinho, não como pedidos de desculpas.
O problema é que num Mundo onde todos jogam pedras, aqueles que dão flores são vistos como estranhos.
Enxergados com desdém por quem acha bobeira o gesto.
Que pensem.
Até porque, há quem passe ao lado dele e sorria.
“Ainda existe Amor”, pensam.
Sim, existe.
Gustavo Lacombe
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