O grande romancista francês Gustave Flaubert escreveu a mais célebre definição das bandeiras:
“Estão tão manchadas de barro e sangue que deveriam desaparecer de vez”.
O autor de Madame Bovary redigiu essas palavras em 1869, em carta a George Sand, no momento em que acabavam de se firmar como símbolos nacionais.
Muitos anos e muitos conflitos depois, as bandeiras de nossos pais continuam a ter papel gigantesco na vida das sociedades, às vezes para unir, outras para dividir. Flaubert estava enganado: não desapareceram, antes pelo contrário.
Depois do massacre racista de Charleston, os Estados Unidos se viram mergulhados numa polêmica sobre a exibição da bandeira confederada, enquanto na Espanha o fato de o líder socialista Pedro Sánchez ter lançado sua candidatura à presidência do Governo com uma gigantesca bandeira espanhola ao fundo reacendeu a discussão nunca encerrada sobre a relação da esquerda com a insígnia nacional.
Dylan Roof, EL País
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