terça-feira, outubro 14, 2014

E que o mais importante seja o amor...


E que o mais importante seja o amor: ele mesmo, em estado bruto até a sofisticação da evolução de ambos.

Aquele que está além da dimensão homem-mulher, mas que abrange primeiramente o amor próprio, o amor à vida, o amor ao que nos fortalece, reforça nossa esperança, que nos amadurece e deixa gratos.

O amor por mais um dia, por mais uma vitória, pela aceitação que supera o que antes era só uma maneira de admitir, mas que não nos conduzia à plenitude do que realmente a existência reservou para nós.

Amor que não depende, agrega.

Que não subtrai, soma.

Amor que não “embaralha”, mas soa feito melodia doce.

Amor que respeita a individualidade antes e apesar de qualquer coisa.

Amor que nos faz enxergar o Outro como ele é sem as distorções e anestesias da carência ou quaisquer coisas que alterem nossa percepção de mundo.

Sentimento que descobrimos sem medo, à flor da pele, cientes de que temos todas as ferramentas para superar conflitos, frustrações e que podemos evoluir também no que é desconfortável.

Amor construído para ser saudável: sem pressa, ansiedade ou impulso.

Tranquilamente o nosso coração abraça o Outro com toda a sua bagagem de potencialidades desenvolvidas e limitações.

E o parceiro acha morada ali, naquele abrigo de paz.

Não o único abrigo de paz, apenas mais um deles.

Porque nossa vida é composta por muitas outras pessoas, paisagens, sensações que não podem ser excludentes quando decidimos nos unir.

Amor de querer bem.

Amor de se cuidar.

Amor que sabe a hora também de deixar ir...

Tem que ser simples para ser bom.

Que assim seja.

Que seja SIM.


Marla de Queiroz

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