“Sempre usei a palavra ‘lantejoula’. Recentemente, fui corrigida por uma pessoa que disse que o certo é ‘lentejoula’ com ‘e’. É verdade isso? Eu e todo mundo que conheço estávamos errados a vida inteira?” (Elisa Peixoto)
A pessoa que corrigiu Elisa tem um pedaço de razão: a palavra lentejoula existe e surgiu antes da variação lantejoula, que hoje é muito mais usada.
Isso não quer dizer que a forma lentejoula seja “a correta” e que lantejoula se caracterize como “erro”.
Longe disso.
Alterações desse tipo são fenômenos legítimos na evolução das línguas.
Se ambas as formas são dicionarizadas, deve-se registrar que existem ainda duas outras variações: lentejoila e lantejoila.
Lantejoula – de meados do século XIX, segundo o Houaiss – é hoje a forma mais corrente, mas é lentejoula, de fins do século XVIII, o termo que guarda o segredo da origem dessa palavra.
Lentejoula (e por extensão lantejoula, claro) tem parentesco com o latim lens, lentis, que queria dizer lentilha e que mais tarde, por semelhança de forma, deu em lente.
Chegou-nos do espanhol lentejuela, diminutivo de lenteja, “lentilha”.
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