Amizade é coisa simples: Alguém pensa em você mesmo quando você não pede tampouco precisa. E quando precisa não pede porque faz parte do outro, a ponto dele sentir, pressentir.
quarta-feira, março 30, 2011
Foi bom para você?
Para mim foi ótimo. Muito mais do que eu esperava.
Quando a Folha me convidou para escrever uma coluna sobre o "BBB11" na versão online do jornal, topei na hora. Mas não totalmente de bom grado, já que eu sempre odiei o programa.
Ou pelo menos achava que odiava. Eu fazia parte daquele enorme contingente que despreza o "Big Brother Brasil". Dizia, estufando o peito, que preferia ver tinta secar.
Essa pouca familiaridade com o "reality" serviu para que meu olhar fosse relativamente fresco, mas também me causou alguns tropeços. Eu não conhecia as regras direito, não lembrava dos "brothers" do passado, errava nomes e datas --e os leitores não perdoavam.
Aliás, quantos leitores, hein? Quase todo dia, um dos três colunistas --Renato Kramer, Nina Lemos e eu-- tínhamos a matéria mais lida da Ilustrada, a mais comentada, a mais enviada.
É de fato impressionante a energia que os fãs do "BBB" dedicam ao programa. Poderiam estar canalizando esta energia para, sei lá, pesquisar combustíveis alternativos, mas quem sou eu para criticá-los? Agora também sou um deles.
Comecei híper-crítico e acabei me envolvendo com o jogo. E sim, me apaixonei lou-ca-men-te por Diana, assim como o Kramer caiu de amores pela Adriana. É difícil acompanhar o "BBB" sem torcer por alguém. E quando a gente se encanta por um deles, a obrigação de assistir se torna um prazer inenarrável.
Tive sorte, minha favorita durou quase até o fim. Mas também tive azar: dizem os veteranos de outras temporadas que esta foi a edição mais morna, a mais sem graça de todas. Foi também a de menor audiência.
O desgaste é natural, ainda mais depois de dez anos no ar. Mas é óbvio, pela celeuma que provoca, que o "BBB" tem fôlego para mais algumas versões.
O que não quer dizer que mudanças não sejam bem-vindas, a começar pelos critérios de seleção. É inegável que este "11" teve alguns concorrentes mal escolhidos, que renderam poucos bons momentos. Volto a dizer que não estou julgando o caráter de ninguém. Mas teve gente que nos entreteu, nos cativou, nos fez rir e chorar. Outros mal abriram a boca.
Como o Bial disse ontem, os protagonistas desta edição foram mesmo Daniel e Maria. Ele quase chegou em primeiro, mas escorregou a poucos dias da final. Ela ganhou, e fez história.
Não sei se a vitória surpreendente de Maria Helena Melillo foi boa para a causa feminista brasileira, mas sem dúvida foi ótima para o "BBB12". Ano que vem, podemos aguardar concorrentes mais espontâneos e desarmados. Mais divertidos, em suma. Tomara.
Ano que vem também irei acompanhar o programa. Não posso dizer que me viciei, mas me diverti bastante. Um certo vazio se abre agora na minha vida, hahaha.
Agradeço a todo o pessoal da Folha, aos meus colegas colunistas pela ilustre companhia e, principalmente, aos leitores. Agora, como todo ex-BBB que se preze, estou esperando propostas para posar nu. Um grande abraço para todo mundo e até breve.
TONY GOES
COLUNISTA DA FOLHA
maria tereza cichelli
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mariatereza cichelli
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