Quando plantamos uma roseira, notamos que ela fica dormindo muito tempo no seio da terra, mas ninguém ousa criticá-la, dizendo:
"Você não tem raízes profundas" ou "Falta entusiamo na sua relação com o campo." Ao contrário, nós a tratamos com paciência,água e adubo.
Quando a semente se transforma em muda, não passa pela cabeça de ninguém condená-la como frágil, imatura, incapaz de nos brindar imediatamente com as rosas que estamos esperando. Ao contrário, nos maravilhamos com o processo do nascimento das folhas, seguido dos botões, e, no dia em que as flores aparecem nosso coração se enche de alegria.
Entretanto, a rosa é a rosa desde o momento em que colocamos a semente na terra até o instante em que, passado seu período de esplendor, termina murchando e morrendo.
A cada estágio que atravessa, semente, broto, botão, flor, expressa o melhor de si.
"Também nós, em nosso crescimento e constante mutação, passamos por vários estágiosDevemos aprender a reconhecê-los antes de criticar a lentidão das nossas mudanças"
Autor: Paulo Coelho
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