Gustavo Drummond
Amor que supera tempestades,
De granizos, punhais, granitos.
Invade oceano, espaço, cidades,
Maior que o eco de todos gritos.
Divinizado, metálico, concreto,
Ciclone que não se pode controlar,
Paixão avassaladora, não se pode segurar,
Feita de meio, fim, início; completa.
Nome e sobrenome; completo endereço.
Sem limite, dimensão; mundo de apreço.
Se fragmenta em carinho, cuidado, vinho;
Fermento, carícia, delicia inebriante.
Pássaros encantados a namorar no ninho
De arame, cetim, aroma, marfim, barbante.
Progressivo, abrangente, contagiante.
Solo de sax, vulcão na ativa, ferro em brasa.
Hino a vida, um canto liríco, ode do gostar.
Deixa alma em chamas; o coração abrasa.
Tem o peso de manada de elefante, amplidão do mar.
Cores impossíveis, sonhos reais, mágico querer.
Quer tudo, tudo pode, tudo é; invade espaço.
Substancializa em matéria definida; puro aço.
Inebria, vicia, contamina, determina, cristaliza.
Nos faz crianças, remoça, bebe, suga, alimenta.
Não importa por quanto tempo for; se eterniza.
Os ponteiros avançam, calendário muda, só aumenta.
Impossível não o sentir na pele,
Não sentir agradável sabor.
Tatua, magnetiza, adere.
Essêncial, divino amor.
Por do luar inebriante,
Nascer da flor sensível,
Flui leve, sempre, constante.
A mim, voce me basta,
Linda, impura, casta,
Meu mel, meu sal,
Paraíso e inverno,
Sonho mais real,
Queima como inferno,
Causa, razão, efeito,
De nós dois é feito.
Amor presente,
Consistente,
Insuperável
Agradável
Imbátivel
Indizível amar!...
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