Desejo que desejemos o simples.
Simplesmente viver um dia de cada vez, por mais duro e difícil que seja trombar com nossa ansiedade.
Desejo também que tenhamos mais amigos com mãos acolhedoras e que possamos dedicar nosso tempo também aos que já possuímos e que, por vezes, se ressentem da nossa missão de sermos ocupadíssimas, numa sociedade que valoriza tanto a falta de tempo, como meio de valorizar a pessoa, numa completa inversão de valores.
Então, que nos falte tempo, mas nunca o desejo de driblar os ponteiros do relógio interno, por que, no final de qualquer conta que se faça, é ele quem realmente decide.
Que haja mais leitura, sempre e muita, mas, que a mente esteja conectada com o coração.
O discurso para tocar a alma precisa de alma.
Desejo que tenhamos consideração mútua e que as afinidades se instaurem com afinco e apreço.
Não esquecendo, no entanto, de desejar que a falta de afinidade nunca seja razão de perdermos o melhor que há em cada uma de nós.
Que a gente lembre muito de perceber que há muitos outros meses capazes de nos arrebatar de afeto e de nos acometer deliberadamente do melhor que há em nós.
Cláudia Dornelles.
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