Cresci onde não devia.
Terra pouco havia.
Água corria e sumia.
Onde eu nascia, nada passava.
Só se ficava, estabelecia.
O frio e o pesado.
O duro e o concreto.
Mas fui ligeira.
Corrompi o destino.
Peguei soneca da obviedade.
Fiz por necessidade.
E me pus a subir.
Assim, sem que me percebessem.
Até me fazer sentir.
Chegar e florir.
Agora me notam e me colocam em conta.
Dizem que sou exceção.
Me valorizam chamando-me de sobrevivente.
Enquanto isso, sigo aqui negociando com o destino, quebrando os concretos.
Com Um Punhado De Palavras


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