Aquilo que chamamos de liberdade nem sempre é de fato.
Temos a falsa ideia de que liberdade é deixar algo que nos aprisiona, nos oprime e ganhar novos ares, expandir, respirar, sorrir novamente...
Sem dúvida esse é um tipo de liberdade que todos nós já vivemos muitas vezes.
Mas existe uma dimensão da Liberdade que é mais profunda do que essa.
É a Liberdade dentro daquilo que se vive, no âmago do que está acontecendo.
Essa Liberdade não é algo que precise vir a ser, já é.
Não é necessário se afastar, sair, fugir, abandonar, partir...
É preciso apenas se conscientizar dentro do momento que se vive, exatamente onde se está, sem mudar nada, sem fazer qualquer movimento, é uma simples mudança de consciência.
Quando nos deparamos com aquilo que nos oprime, que nos faz mal, é sinal que estamos identificados, estamos "presos" àquela situação e criamos com ela uma espécia de pacto.
Um pacto de dor.
E este pacto de dor pode durar muito tempo, até que tenhamos coragem de sair dele e mudar.
Essa tomada de consciência é a base de uma verdadeira transformação.
A dor não tem um fim em si mesma.
Ela serve de lição para que possamos aprender a buscar o amor, a alegria, a felicidade.
Por isso, sempre que fazemos um pacto de dor, estamos na verdade mergulhando profundamente naquilo que não é o que queremos para nós.
E quando finalmente aprendemos que tudo na vida é ensinamento, aprendizagem, veremos que cada uma das situações de dor que vivemos estão nos ensinando a finalmente tomarmos consciência da nossa real grandeza e liberdade, dentro de cada uma delas e sem distinção.
Seja aquele(a) que observa tudo o que acontece sem se misturar nem se prender a nada...
Essa Liberdade que a consciência nos dá não é condicionada a nada nem a ninguém.
Nem tem começo, nem fim.
Amidha Prem
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