quinta-feira, dezembro 12, 2013

Mundo tem 230 milhões de crianças invisíveis


Uma em cada três crianças com menos de 5 anos no mundo não existe oficialmente, segundo pesquisa que acaba de ser divulgada pela Unicef nesta quarta-feira, 10.

São quase 230 milhões de crianças invisíveis para efeitos legais, que nunca foram registradas.

No Brasil, a taxa de registro civil de nascimento cresceu na última década, saindo de 64% em 2000 para 93% em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa é maior que a média mundial (65%) e próxima da média dos países da região da América Latina e Caribe (92%). Mais, segundo o último senso, o Brasil ainda tem 600 mil crianças invisíveis ao Estado por não terem sido registradas. Dois terços (400 mil) estão nas regiões Norte e Nordeste.

A violação ao direito de registro é mais grave entre crianças indígenas. Apenas 57,9% de indígenas recém-nascidos são registrados.

“O registro de nascimento é mais do que um direito”, afirma Geeta Rao Gupta, diretora executiva adjunta do Unicef.

“É como as sociedades primeiro reconhecem e admitem a identidade e a existência de uma criança”.

“O registro de nascimento é fundamental para garantir que as crianças não sejam esquecidas, não tenham seus direitos negados ou deixem de se beneficiar dos avanços de suas nações”, acrescenta.

O novo relatório denominado ‘O Direito ao Nascer de Cada Criança: Desigualdades e Tendências no Registro de Nascimento’ reúne análise estatística que abrange 161 países.


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