O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado a 10 anos e 10 meses como mentor do mensalão, apresentou à Vara de Execuções do Distrito Federal um novo pedido para trabalhar fora da cadeia.
O advogado José Gerardo Grossi convidou o ex-ministro parar cuidar de sua biblioteca de 2 mil livros.
Segundo o advogado, com salário de R$ 2,1 mil o petista irá fazer pesquisas e também auxiliar na administração do escritório.
- Diria que seria necessária a contratação. Não seria importante, nem desimportante, seria necessária – disse o advogado, ao ser indagado da importância da contratação de Dirceu.
Grossi, que defende o deputado Eduardo Azeredo ( PSDB-MG) na ação que trata do mensalão mineiro, negou que haja algum conflito entre a oferta de emprego a Dirceu e seu cliente.
- Não tem nada a ver. Não há nenhuma guerra entre o PT e o PSDB, eu advogo para vários partidos, PSDB, PTB, não tem nada a ver – garantiu.
Segundo o advogado, o escritório é pequeno e “quase artesanal”.
O horário de trabalho de Dirceu seria de 8h às 18h, o mesmo horário dos outros funcionários.
O escritório atua também na Justiça Eleitoral na defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Esta é a segunda tentativa de Dirceu para trabalhar no regime semiaberto.
A primeira foi um emprego de gerente administrativo no Hotel Saint Peter, em Brasília, onde receberia R$ 20 mil por mês.
O hotel havia assinado a carteira de trabalho de Dirceu em 22 de novembro.
Mas, após uma série de denúncias contra o hotel, Dirceu abriu mão do emprego.
Grossi não quis comentar o caso.
- Não faço julgamento de condutas anteriores – disse.
O renomado advogado afirmou também que não houve pedido de Dirceu para a oferta de emprego.
- Somos amigos há mais de 20 anos. Nunca pedi um favor a ele e nem ele a mim.


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