Teimosamente Alada
É preciso data? Lugar? É preciso estar?
Claro que ninguém segura meus mares e espaços!
Vai dar bolero, cordel ou o allons enfants de la Patrie... Não, não e não!
Depressa, vou abrir a janela porque a borboleta precisa de ar
E as ramas da minha mangueira lhe acenam.
Voluptuosa, busca o tapete brilhante
Do azul noite!
Emocionada e travessa
Assisto ao balé único e insuperável dessa libélula mulher
Sempre e teimosamente alada!
Porque amor, porque espírito, porque vôo!
No grande silêncio destes longes
Jamais nos entenderão
Que em nossa cabeça ‘a flor é vermelha, a maçã é cheirosa’
A pele arde, o pássaro azul canta.
Morre-se mil vezes
Sem precisar de que tudo exista
E que tendo o direito de sonhar
Vivamos o sonho!
Antonia Lima
maria tereza cichelli
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