Carisma é o ponto forte de candidato democrata Barack Obama
WASHINGTON - Primeiro afro-americano com possibilidade de chegar à Casa Branca, Barack Hussein Obama, 47 anos, candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos é comparado a John Kennedy por seu carisma e o espírito de mudança que encarna.
Quando nasceu, em 4 de agosto de 1961 no Havaí, de um pai negro do Quênia e uma mãe branca do Kansas, os casamentos inter-raciais estavam proibidos em muitos Estados do Sul da União (foram legalizados pela Suprema Corte em 1967). Seu pai, Barack Obama Sr., filho de uma família de criadores de cabras, abandonou a família quando Obama tinha dois anos de idade. O candidato conta que sua mãe teve de valer-se de cupons de alimentos para conseguir sobreviver enquanto o filho crescia. Assim que a família mudou-se para a Indonésia, Ann casou-se novamente e costumava acordá-lo às 4h da madrugada para dar-lhe aulas.
A mãe e a avó de Obama (que veio a falecer nesta segunda-feira) conseguiram uma bolsa que lhe permitiu freqüentar a prestigiosa Escola Punahou, em Honolulu, no Havaí. Depois de sua passagem pela Universidade de Columbia, recusou um cargo no mundo das finanças e preferiu um trabalho social nos bairros marginalizados de Chicago. Depois, estudou na Universidade de Harvard, onde é formada a elite dos EUA. Acabou sendo o primeiro negro nomeado redator-chefe de uma prestigiosa revista de direito da universidade em 1991.
Casamento
De volta a Chicago como advogado, trabalhou num escritório onde conheceu quem seria sua mulher, Michelle, também advogada, formada em Princeton e Harvard. Oriunda de bairros pobres de Chicago, Michelle ocupa hoje um posto de direção em um dos grandes grupos hospitalares públicos da cidade. O casal tem duas filhas: Malia, 10 anos, e Sasha, 7 anos.
O político elegeu-se para o Senado de Illinois em 1996, mas viu-se derrotado em 2000, quando concorreu para o Congresso americano contra um democrata que tentava continuar no cargo.
Seus críticos o acusam de ser esquerdista pelo seu repúdio à guerra do Iraque, sua defesa do direito ao aborto e seus votos contra as nomeações de conservadores para a Suprema Corte. Mas Obama, que se considera um pragmático, responde a estas acusações prometendo diminuir os impostos e trabalhar com os republicanos.
Obama estreou no cenário nacional quatro anos atrás com um discurso no qual descrevia a si próprio, de forma depreciativa, como um cara magrelo, de nome estranho e uma improvável história de vida. Era um modesto legislador de Chicago quando pediu a palavra durante a Convenção Nacional Democrata no discurso em que clamou pela reconciliação de americanos, sem diferenças de raça, idade ou sexo.
Obama é autor de dois livros autobiográficos best-sellers. Para os seus simpatizantes, é um político estimulante, de discurso arrebatador. Para seus adversários, entre os quais John McCain, o democrata não passa de uma celebridade com currículo pouco extenso, de um orador eloquente que defende uma política externa ingênua e políticas econômicas socialistas. De qualquer forma, a crise econômica americana atual foi o que mais favoreceu o candidato na campanha, por ele representar o ideal de mudança.
JB ONLINE
E se fosse o contrário?
Idéia genial da campanha "Let the issues be the issue", da agência Grey. E se Barack Obama fosse branco, e John McCain, negro? Como seria a votação de amanhã? As pessoas iriam discutir as questões importantes que esperam o próximo presidente, em vez de focar na raça de um deles? Boas perguntas.
UOL
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O candidato à presidência americana, John McCain, esteve em Indianapolis, Indiana, na tentativa de garantir novos votos nas últimas 24 horas antes das eleições
TERRA
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Do G1
maria tereza cichelli
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