segunda-feira, setembro 05, 2016

Não sei a mulher que sou, mas sei a mulher que não sou.


Não sei a mulher que sou,

mas sei a mulher que não sou.

Não sou a mulher do enfado e das rotinas,

dos sonhos que se arrastam pelas esquinas.

Não. Não sou.

Não sou mulher de sorrisos

quando existe a gargalhada,

de aldeias quando existe o mundo.

Não sou nem um milímetro menos

do que aquilo que posso ser,

e se um dia cair,

foi porque tentei saltar

e não porque preferi aceitar.

Pedro Chagas Freitas