domingo, novembro 23, 2014

Colcha de retalhos: Amizade


"Amigos conseguem essa magia mais do que muitas duplas românticas, que frequentemente se enganam a respeito da falsa intimidade que o sexo faz supor. 

Invadir a privacidade alheia é moleza, basta um torpedo, um telefonema, um encontro. 

Mas ter acesso ao mundo interno que o outro habita e sentir-se à vontade nesse mundo é que torna tudo mais raro, mais mágico e mais eterno."


 “Amigos novos são bem-vindos, trazem frescor à nossa vida, mas há certos momentos em que precisamos de um espelho humano, alguém em quem possamos nos refletir e avalizar nossa origem e identidade. 

Estes espelhos geralmente são nossos pais, irmãos e os "velhos amigos", mas pode ser também uma fruta que você colhia no pátio da casa da sua infância, pode ser um fusca que você não tem coragem de vender, pode ser um anel que foi da sua avó e que hoje está no dedo da sua filha. 

Pode ser qualquer coisa que te leve pra trás e te traga de volta, assegurando quem você é — e sempre foi". Vínculos. 

Um conforto para o que nos amedronta tanto, que é a passagem do tempo.” 


 “Todos nós chegamos até aqui abrindo mão de muita coisa lá atrás. 

Ali adiante, na hora de fazer um balanço, o valor não estará nos cifrões, a contabilidade será outra: quantos amigos? 

Quantos sorrisos? 

Quanta felicidade? 

Quanto amor? 

Derrota é quando a gente ganha dos outros, mas desiste de si mesma.” 


 Crônicas de Martha Medeiros

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